sexta-feira, julho 06, 2007

Estudo dos EUA vincula racismo ao câncer de mama

Publicado no portal Terra
Quinta, 5 de julho de 2007, 17h14
Atualizada às 18h21

Mulheres negras que já foram vítimas de racismo têm mais chances de desenvolver câncer de mama, conclui um estudo publicano no American Journal of Epidemiology.

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A pesquisa, conduzida por uma equipe da Universidade Howard, em Washington, aponta que há uma forte relação entra a discriminação racial e a doença. De acordo com o trabalho, o câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos é mais recorrente nas negras que nas brancas.

O levantamente assinado pelo Dr. Teletia R. Taylor conclui que existe um forte indício de relação entre a discriminação racial e o desenvolvimento do câncer de mama.

O estudo baseou-se também em pesquisas mais antigas que indicavam como a contínua discriminação afetaria a saúde das pessoas vítimas de racismo.

No novo trabalho, foi perguntado às mulheres negras entrevistadas com que freqüência elas eram vítimas de "racismo corriqueiro" como receber um tratamento diferenciado em estabelecimentos comerciais ou perceber que são vistas como pessoas "suspeitas".

Elas também responderam se alguma sofreram tratamento injusto no trabalho, na hora de fechar algum acordo imobiliário ou por parte de policiais, todos esses, considerados exemplos graves de racismo.

Com isso, a equipe de Taylor concluiu que aquelas que responderam mais positivamente sobre serem vítimas do chamado "racismo corriqueiro" tem até 32% mais chance de desenvolver o câncer de mama do que pessoas que não foram submetidas a esse tratamento.

Essa cifra cresce para 48% nas mulheres que sofreram o chamado "racismo grave".

Mas, mesmo após essa conclusão, os próprios pesquisadores pediram mais trabalhos sobre o tema. O objetivo seria determinar com mais precisão o motivo que relaciona o racismo ao desenvolvimento de câncer.

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